Homem que matou filho de prefeito é preso pela Polícia Civil em reduto do PCC, em SP

O suspeito Valdeir Pereira da Silva e a equipe de policiais responsáveis pela captura (FOTO: JÚNIOR MENDONÇA)
A Polícia Civil (PC) de São João da Ponte apresentou, na tarde de ontem (25), o homem acusado de assassinar a tiros Jeorge Acácio Pereira da Silva, filho do prefeito da cidade. O suspeito Valdeir Pereira da Silva, de 35 anos, estava foragido há quase dois meses e foi preso na casa de familiares em Campinas, no interior de São Paulo. O esconderijo, segundo a polícia, estava dentro de um reduto da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e permanecia cercado por olheiros do crime.
De acordo com Fernando Santos Elias, delegado titular do caso, o crime aconteceu no dia 3 de junho. Vítima e autor participavam de um bingo em comemoração aos 30 anos de uma tradicional feira livre local. Valdeir, que estava na companhia do irmão Aldair Pereira da Silva, se desentendeu inicialmente com outros participantes do evento. Jeorge estava com a mãe e teria interferido, antes de também começar a discutir com o acusado. Após alguns minutos, os ânimos se acalmaram e ambos saíram do local
Danilo Feraz, delegado regional de Januária; Raimundo Nonato, chefe do 11º Departamento da PC; e Fernando Santos Elias, delegado responsável pelo caso; durante coletiva de imprensa (FOTO: JÚNIOR MENDONÇA)
Junto de um amigo, Jeorge teria circulado de carro pelas principais ruas de São João da Ponte na busca por Valdeir. Um novo encontro dos dois aconteceu no bairro Denise, onde novamente trocaram insultos. Nesse momento, de acordo com o delegado, Valdeir sacou uma arma e atirou uma vez contra a vítima. O irmão do acusado teria segurado o braço de Jeorge e incentivado um novo tiro. “Já que começou, termina”, teria dito Aldair, segundo Fernando.
Depois de atirar a segunda vez, à queima roupa, o acusado utilizou uma moto e recebeu a ajuda do irmão para fugir para a zona rural do município. Valdeir teria ficado por dois dias escondido nas proximidades de torres de telefonia e televisão, de onde saiu em direção ao interior paulista. A viagem até o esconderijo, ainda segundo a PC, foi executada por um amigo do acusado, que reside em Montes Claros. “Vamos seguir nos levantamentos para identificar esse indivíduo e responsabilizado”, disse o delegado. Um dia depois do homicídio Aldair foi preso pela polícia e chegou a negar envolvimento no crime, porém testemunhas já desmentiram a versão com riqueza de detalhes.
PCC – Durante as investigações, o setor de inteligência da polícia conseguiu informações revelando que Valdeir estava escondido em Campinas. Depois de contatar a polícia local, quatro policiais do Norte de Minas foram até a cidade, onde permaneceram por três dias cercando a casa onde estava o acusado. “No local estavam olheiros do PCC que chegaram a ficar encarando os nossos policiais, que se mantiveram firmes”, afirmou Fernando. No último sábado (23), quando Valdeir saia do esconderijo para atender um vizinho, foi pego. “Ele já esticou os braços e não esboçou nenhuma reação. Disse, inclusive, que já esperava ser preso”, detalhou o delegado.
MOTIVAÇÃO – As investigações, segundo a Polícia Civil, demonstraram que Jeorge e Valdeir mantinham uma rixa há algum tempo. O acusado já teria sido visto afirmando que mataria a vítima em outras oportunidades. A possibilidade de vingança política, que chegou a ser levantada após o assassinato, foi descartada pela polícia.
COM INFORMAÇÃO DA GAZETA NORTE MINEIRA

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