Morador de Januária morre com suspeita de febre amarela

Governo do Distrito Federal confirmou nesta quinta-feira (19) a primeira morte por febre amarela registrada na capital em 2017. Segundo a Secretaria de Saúde, o paciente contraiu a doença em Minas Gerais e viajou para Brasília na sequência. Exames toxicológicos confirmaram a presença do vírus, de acordo com a pasta. O governo federal ainda trata o caso como suspeito (entenda abaixo).
O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, afirma que o homem de 40 anos chegou ao DF na última segunda (16), em um ônibus vindo de Januária (MG), e já apresentava sintomas da doença.
"Ele tinha febre e mialgia [dor muscular], e foi atendido na UPA de São Sebastião já com um quadro de convulsões, que evoluiu para insuficiência renal e hepática. Foi transferido no mesmo dia para o hospital São Mateus, e ali faleceu ontem [quarta, 18]", declarou Fonseca.
O hospital São Mateus fica no Cruzeiro Velho e, segundo o secretário, tem contrato com a rede pública para o compartilhamento de leitos de UTI. Após a morte, amostras de sangue do paciente foram coletadas e enviadas ao Laboratório Central, que confirmou a contaminação pelo vírus da febre amarela.
Confirmação
Apesar de o governo do DF tratar o caso como confirmado, o Ministério da Saúde diz que o caso é tratado como suspeito. Além da confirmação no laboratório local, as equipes técnicas do ministério também avaliam critérios clínicos, o histórico do paciente e outros elementos.
Até esta quinta (18), o governo federal confirmava oito mortes por febre amarela, sendo todas no leste de Minas Gerais. Segundo o ministro Ricardo Barros, exames de sangue feitos nesses pacientes detectaram a presença do vírus.
Ao todo, 53 mortes registradas no leste mineiro eram investigadas por suposta relação com a doença até esta quinta – o caso do DF deve se juntar a este número. O Ministério da Saúde disse que só foi informado do caso nesta sexta e, por isso, ele não está incluído no último balanço.
Nesta quinta, o secretário de Saúde do DF disse que "tudo indica" que a morte do paciente na capital foi causada por febre amarela silvestre – quando a pessoa é contaminada na área rural.
"Não temos casos urbanos no Brasil desde 1942 e não tínhamos nenhum caso de febre amarela no DF desde 2009, quando também foi um caso importado", declarou o secretário.
Pelos critérios do Ministério da Saúde, essa confirmação também depende de critérios clínicos e do histórico do paciente, além do teste de laboratório. Há, inclusive, uma chance mínima de que o paciente contraia a doença ao ser vacinado, porque a dose é feita com o vírus vivo e atenuado.
Vacinação
Se uma cidade ou região é considerada "área de risco" – como é o caso do DF e de 18 estados –, isso significa que todos os moradores e turistas que passarem por aquele local precisam estar com a vacinação em dia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que apenas uma dose de vacina é suficiente para a vida inteira, mas o protocolo nacional prevê duas doses, com intervalo máximo de 10 anos.
Se a caderneta infantil for seguida à risca, a primeira dose deve ser administrada aos 9 meses de vida, e a segunda, até 4 anos completos. Se faltar uma dessas doses, é preciso completar a vacinação. p.h.n

Fonte PRIMEIRA HORA NOTÍCIAS

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