Colaboradora mobiliza SAMU para ajudar família carente

A solidariedade da técnica em enfermagem do SAMU Macro Norte, Halany Aparecida Santos contagiou os funcionários da instituição para uma boa ação. A história começou assim: Halany, que compõe a equipe de socorristas na Base de Montes Claros, por coincidência, atendeu, em duas ocasiões, uma família da comunidade de Campos Elísios, em um curto espaço de tempo.
Durante esses atendimentos realizados pelo SAMU, Halany observou que a família era carente e precisava de ajuda. “Eles têm uma casa humilde, mas percebi que o que não faltava ali era amor e carinho. Foi quando senti no coração que devia fazer algo por eles e perguntei à Luciene em que eu poderia ajudá-la. Foi quando a mãe me disse que precisava de fraldas”, contou Halany. Lucilene Nunes Ramos, 31 anos, é mãe de Vitória Emanuelle Nunes, de 7 anos, e de Cristian Emanuel Nunes, 9, mas a garota nasceu com hidrocefalia. A doença consiste em um acúmulo excessivo de líquido dentro do crânio que leva ao inchaço cerebral e causa problemas de aprendizagem, coordenação e dificuldade de visão, entre outros problemas.
A mãe da garota trabalha como diarista e conta que sobrevive da ajuda de conhecidos. “Como a Vitória precisa da companhia de um adulto o tempo todo, e eu não tenho com quem deixá-la, eu só posso pegar a faxina quando os donos da casa permitem que eu leve a minha filha”, explicou Lucilene. Por causa da doença, a família tem muitas despesas com alimentação, transporte para ir a Montes Claros levar a criança para a fisioterapia e com fraldas.
Diante desse quadro, a técnica em enfermagem mobilizou todo o SAMU para arrecadar fraldas para Vitória. “A equipe ajudou muito! Muitos funcionários se solidarizaram com a história da família e fizeram suas doações”, frisou Halany. Na última sexta-feira (31), a socorrista foi até a casa da Luciene acompanhada do gerente de logística Farley Meira, do coordenador médico do SAMU Daniel Ramos e da diretora executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun), Kely Cristina Lacerda, para fazer a doação do material arrecadado. “A Luciene ficou tão feliz! Ela ficou esperando a gente na entrada da comunidade”, contou Halany. “Nossa, fiquei tão boba quando vi o pessoal do SAMU chegando que não tive nem como agradecer. Por Vitória ser assim, as coisas são mais difíceis e a Halany virou um anjo em nossas vidas. Até um médico e a diretora do SAMU vieram aqui, não pensava que, além do SAMU salvar vidas, ele também ajudava as pessoas assim”, confidenciou Lucilene. “Às vezes, quando eu ia comprar alguma coisa, outra ficava faltando. Agora, vou ficar um bom tempo sem precisar comprar fraldas”, acrescentou.
Comovida com a iniciativa da funcionária, a diretora do Cisrun disse que “essa ação demonstra que os profissionais do SAMU são diferenciados porque além de serem tecnicamente muito bem formados e treinados para a execução do serviço, que é salvar vidas, eles têm vocação para ajudar ao próximo. Esse ato de carinho e solidariedade da funcionária revela como o grupo se comporta dentro da nossa comunidade”. A diretora do Cisrun destacou ainda que “em um momento que a sociedade brasileira vive, no meio de tantas crises de inversão de valores, o SAMU vê a necessidade de trabalhar e mostrar o lado social de cada um de nós e que se precisa fazer algo para melhorar o nosso país. E o SAMU está fazendo a parte dele”, concluiu Kelly Lacerda.
Jane Felix


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