Secretaria de Saúde divulga boletim sobre Leishmaniose no município

1hospital gerson diasA Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância em Saúde de Itacarambi divulgou, por meio de boletim, uma análise da situação epidemiológica da Leishmaniose Visceral Canina (Calazar) no município, o estudo foi feito no período de 2015 até o primeiro semestre de 2017.
Foram coletados dados de exames sorológicos provenientes de inquéritos caninos realizados pelo município e exames enviados ao laboratório da FUNED, através do GAL – Gerenciamento de Ambiente Laboratorial.
De acordo com o boletim, foram realizados 1.405 testes rápidos em cães de 865 residências, destes, 697 apresentaram reação positiva nos testes.
Foram coletadas amostras de sangue e enviados para realização da sorologia (ELISA) no laboratório da FUNED em Montes Claros. Das 697 amostras enviadas, 334 foram positivas, sendo que 180 amostras ainda estão sendo analisadas no laboratório da FUNED.
Segundo os critérios para classificação de áreas para a vigilância e controle da Leishmaniose visceral, estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o município de Itacarambi encontra-se como área de transmissão moderada, por isso deve realizar 80% de inquérito canino a cada ano.
A população canina estimada para 2017 em Itacarambi é de 2.485 cães, que representa 13,5% da população humana (18.414), conforme preconiza o Ministério da Saúde.
O município é dividido em 08 áreas na zona urbana e 41 localidades na zona rural, conforme critério do Programa de Erradicação do Aedes Aegypti (PEAe).
Os dados referentes aos trabalhos realizados e à infecção canina foram coletados em registros de exames sorológicos realizados na rotina do serviço de saúde (inquéritos censitários) no período de 2015 a 2017.
O documento da Vigilância em Saúde informa que dos 1.405 testes realizados no período analisado, 865 foram positivos e destes, 334 sorologias foram confirmadas para leishmaniose visceral canina, representando 39% das sorologias encaminhadas.
O boletim relata que a equipe de Vigilância Ambiental enfrentou problemas de falta de material (kit) para realização dos exames ao longo dos dois anos de pesquisa.
Em relação aos resultados de 2017, o relatório considerou as sorologias enviadas para a FUNED até o mês de agosto, portanto, das 287 amostras enviadas, 180 ainda estão aguardando analise do laboratório de Montes Claros, por falta de material.
Segundo a Secretaria de Saúde, o município realiza o manejo ambiental, que consiste na poda de árvores, eliminação de matéria orgânica do solo e de vegetação em praças e terrenos baldios a fim de reduzir a quantidade de matéria orgânica e locais sombreados, que forneçam condições favoráveis para o estabelecimento de criadouros do vetor.
A limpeza urbana, eliminação dos resíduos sólidos orgânicos e destino adequado dos mesmos também se fazem necessários.
Em relação ao controle do reservatório canino, é realizada a eutanásia em todos os animais soro reagentes, de acordo com a Resolução nº 714  de 20 de junho de 2002.
O relatório conclui que os maiores fatores de risco observados para infecção canina provavelmente sejam a permanência dos cães soro reagentes em ambiente peridomiciliar e a proximidade das residências da mata e a terrenos baldios.
A melhor forma de prevenção é por meio do manejo ambiental, através da limpeza de quintais, terrenos e praças públicas, a fim de modificar as condições do meio, que propiciem a formação de criadouros de formas imaturas do vetor.  
Ressalta a necessidade de cada cidadão monitorar suas propriedades, eliminando a matéria orgânica, fezes de animais, umidade e sombreamento, para evitar a proliferação do mosquito vetor. 
Existe também vacina comercial, porém não há a constatação de seu custo-benefício e efetividade para o controle de reservatório da leishmaniose visceral canina em programas de saúde pública.
É orientado ao proprietário do cão, que caso o profissional veterinário queira indicar a vacinação numa consulta particular, o mesmo deve atentar-se à necessidade da vacina ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A partir de todas as constatações citadas anteriormente, conclui-se que a LVC pode sim ser considerada como sendo um grave problema de saúde pública, que está em franca expansão no meio urbano e que necessita da participação de todos para prevenir e eliminar os criadouros do vetor no município.
Rildo Madureira - Vailton Ferreira/ AssCom Prefeitura de Itacaramb

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